segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Trincheira 59

Boa noite…

Sei que tenho andado desaparecido em combate, nesta “guerra” chamada…VIDA, guerra esta que o seu maior inimigo, é nem mais nem menos, que nós próprios, onde na sua maioria das batalhas perdidas, são consequências dos nossos próprios erros.
E o que nos resta então??? Levantar a cabeça e seguir enfrente de preferência mais fortes ainda mesmo que precises de auxílio das “tropas” aliadas, que foi o que fiz, pedindo apoio e até abrigo às origens, regressando assim (com permissão da minha criadora), à Trincheira 59.
Abrigo este que espero ser por pouco tempo e sair então desta barricada, prosseguindo a batalha interrompida pelo infortúnio.
Mas seria erróneo da minha parte, dizer que tudo vai mal nesta ilha, antes pelo contrario, o pior já passou, melhorando dia para dia nem que seja pela motivação e a teimosia de não deitar a toalha ao chão, encorajado pelo super Gang e por uma nova ordem, que ajudou clarear o céu outrora embaciado.

Neste momento, estou prestes a concluir um dos meus objectivos mais imediatos, a conclusão dos estudos e o respectivo prémio desejado, e este trabalho tem me trazido memórias muito boas já quase esquecidas, que ao vasculhar o meu baú das lembranças, fui descobrir fotos antigas, que me injectaram alguma dose de nostalgia, risos e até breve tristeza rapidamente substituída pela alegria que seus protagonistas me deram ao longo da minha essência.

Todas as palavras são poucas para descrever o que estas duas personagens são para mim, os responsáveis daquilo que sou hoje, não estou a falar só biologicamente mas como pessoa, dois lutadores natos com uma capacidade de luta e sacrifício invejável.
Já me questionaram várias vezes, o porquê de ainda não ter feito nenhuma música ou letra dedicado a eles, principalmente a este grande senhor que já não se encontra entre nós, aos quais respondo: “Não consigo, fico completamente bloqueado, porque simplesmente todas as dedicatórias e homenagens feitas aos meus “heróis” são poucas para mostrar o quanto os amo, assim prefiro dedicar-lhes esta “guerra”…a minha vida.”

Senhor Gaspar e dona Teresa num dos meus concertos nos Kimera.

Há uns tempos atrás, num post, expliquei como entrei neste mundo da música, numa pancada de quem não tinha nada que fazer, e hoje, bem, hoje pode-se dizer que é uma das mais importantes armas que uso para “travar” esta guerra.
Nelson e Valério, os autores e responsáveis por esta “pancada”, aqui numa espécie de “banda” de metal, onde era cada um para seu lado, num conjunto de barulho ensurdecedor, deixando qualquer vizinho a beira de um ataque de nervos. Bons tempos.

Nelson, eu e Valerio, nossa sala de ensaios.

E já que estou a falar de música, não posso deixar de salientar um pormenor importante que não deixa de ter uma boa dose de ironia, o facto deste ano haver tantos festivais e concertos de música, num ano como este em que estamos envolvidos de tal forma numa crise económica sufocante. Aqui está um bom motivo para criticar algo, mas eu prefiro não ir por ai, mas sim enaltecer todos estes espectáculos, que só vêm dar mais alegria e fazer esquecer nem que por uns instantes, esta maldita crise que sinceramente já chateia ouvir falar nela.
Tivemos a disposição muitos concertos pelo Algarve fora, e alguns de altíssima qualidade. De todos os que vi até agora destaco um concerto, ou melhor dois mas no mesmo dia e mesmo palco: Sara Tavares, que teve uma banda de Madagáscar os “Kilema”, a abrir um espectáculo no festival “Sons do atlântico” em Lagoa, e que foi a meu ver perfeito em todos os aspectos. Dois concertos surpreendentes, quentes, cheios de ritmo, alegria, num cenário lindo e claro bem ancorado.





Bem, para variar, já me estiquei nas palavras, é o que dá em não ser mais presente, vida de artista é assim mesmo.
Amanhã tenho pela frente mais um dia, mais batalhas por conquistar nesta guerra que se quer longa, vitoriosa e bem alimentado por uma bela iguaria tão simples e ao mesmo tempo, tão viciante; galinha com molho de tomate, bem bom!!

Já sabem, façam o favor de serem felizes…

Um forte abraço
B.Maliji

1 comentário:

Caroll disse...

Já percebi de onde veio a pancada dos chapéus lol
Bom saber que estás assim bem...
Estudar é bom né?
Um abraço p ti.